Com a campanha
eleitoral encurtada para apenas 45 dias corridos, o candidato terá que se valer
da internet. Foi por esse motivo que a propaganda antecipada foi suavizada
profundamente, valendo quase tudo, desde que não haja pedido expresso de votos,
isso claro, antes do início da propaganda eleitoral.
Com a última
minirreforma legislativa, os meios de propagandas eleitorais tradicionais foram
ainda mais restringidos. Já não é possível haver pintura em muros com
propaganda eleitorais, carro de som ou trio-elétricos transitando nas ruas e
avenidas com os jingles, outdoors e showmícios há tempos foram proibidos,
juntamente com banners fixados nos postes de iluminação pública e viadutos.
No mesmo sentido, a atrativa e
criativa distribuição de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes e
quaisquer outros bens ou materiais que possam proporcionar vantagem ao eleitor,
resta totalmente obliterada.
Como se constata, a
propaganda física vem sendo limitada drasticamente, inclusive, não é possível
colocar cavaletes nas ruas, e a dimensão dos cartazes antes com até 4 m² reduziu-se
para ½ m², ou seja, simples adesivos.
Assim, propaganda
eleitoral sob a modalidade digital e virtual tem se tornado cada vez mais abrangente,
principalmente em função do auxílio que as redes sociais propicia aos
candidatos na divulgação ampla de suas imagens.
Utilizar as ferramentas
digitais para se aproximar do eleitorado é uma das principais apostas dos
candidatos que disputam as eleições municipais deste ano. Além dos sites e
e-mail’s dos próprios candidatos, a febre do Facebook, Instagran, Snapchat, Twitter,
Whatsapp e afins, serão o ponto forte neste pleito de 2016.
A internet ajuda
aos candidatos chegarem mais próximos dos eleitores, inclusive, aqueles
residentes em outras cidades, mas guardando o indispensável vinculo e domicilio
eleitoral no interior do estado.
O meio digital
deixou de ser elitista com projetos nacionais de inclusão, exigência da
disciplina informática nas escolas públicas, criação de centros digitais por
todo país e redução do custo dos computadores e laptops, sem falar na
proliferação dos smartfones e o livre
acesso a tecnologia 4G.
Contudo,
particularmente, vejo com preocupação a utilização maciça das redes sociais,
podendo inclusive, ser prejudicial encher as time line’s com fotos e vídeos musicais.
Fazendo um paralelo
com a antiga propaganda de carros de som, é notório que era muito desgastante e
irritante a transmissão exaustiva daqueles jingles nas ruas e avenidas. Na
verdade, até levava a rejeição e até perda de votos dos candidatos. No mesmo
caminho, poderá se tornar a publicação exarcerbada de fotos e vídeos musicais
de candidato, levando ao desgaste de sua imagem perante o eleitorado mais
esclarecido.
O legal das redes
sociais, seria utilizar para fazer propostas, levar mensagens, passar por
sistema de debates onde os eleitores interagiriam-se com os candidatos,
inclusive, ajudando a forma e formatar propostas de governo ou legislatura.
A melhor forma de
chamar a atenção das pessoas para o perfil do político nas redes sociais é
mostrar propostas consistentes e a interação com o eleitor, pois a divulgação
de fotos e música de campanha dificilmente muda ou atrai voto de qualquer
eleitor.
Desta forma, fica a
dica, para a utilização moderada e responsável das mídias sociais, que podem
levar o candidato a vitória ou mesmo a derrota a depender da forma de manejo.