Estava me preparando para postar minha nova crônica,
quando fui surpreendido com a “Carta Aberta” publicada no Jornal da Paraíba, no
Correio de Sergipe, na Tribuna de Alagoas e no site InformePB, por meu Pai, Desembargador Marcos Souto Maior, na
manhã deste dia 23 de outubro de 2012 (terça-feira), já que é colunistas destes
meios de comunicação.
Confesso que sou difícil de me emocionar, mas me
levou as lagrimas, a crônica que contou, como sempre é peculiar, com a redação
escorreita e livre, através de pena leve e aplicada, conseguindo elegantemente retratar
situação envolvendo a sucessão da OAB-PB, em traição política que fui submetido.
Trouxe elogios a mim, claro, tudo fruto da qualidade
de genitor ostentada, o que me levou a emoção.
Tomo a liberdade de publicar em meu
modesto blog, para que meus poucos leitores tenham acesso ao
texto:
CARTA
ABERTA!
Marcos A. Souto Maior (*)
Minha
ousadia de escrever em jornais, revistas e portais, ainda não tinha chegado ao
ponto de escrever uma carta aberta. Claro, porque fechada ninguém lê.
Entretanto, olhando ao meu redor, senti a necessidade de me abrir e
compartilhar, com meus tolerantes leitores, assuntos retirados lá dentro do meu
coração!
Sob
o amparo das minhas responsabilidades de pai, me dirijo a Marcos Souto Maior
Filho, jovem advogado, doutorando em Direito, professor, autor do livro técnico
“Lei da Compra de Votos”, editora Juruá, escritor e genitor de dois lindos
netinhos.
Lhe
acompanhei em todos os passos de sua iluminada vocação pela advocacia, na
defesa intransigente dos direitos e interesses dos desvalidos. Uma dádiva de
quem acredita em Deus, como nós e demais familiares.
A
boa parcela de trabalho, dedicada aos pobres, foi de sua iniciativa pessoal,
sem necessidade de repassar o exemplo paterno, que é sempre a natural e melhor
maneira de se educar! Ganhamos com as bênçãos do Cristo!
Agora,
sob os efeitos do meu passado, sendo Conselheiro Estadual por décadas e,
Vice-presidente da OAB-PB, iniciado na política da advocacia, ao lado do meu
nobre e leal amigo, o inteligente e honesto, advogado Paulo Américo de
Vasconcelos Maia, em memoráveis disputas vitoriosas e democráticas das diretas
já, de saudosa memória, vejo em você os mesmos e puros interesses.
Ainda
jovem, meu filho, você sonhou com o direito de competir nas eleições da
Seccional da OAB paraibana, chegando a liderar pesquisas informais de opinião
popular. Seu nome foi bem recebido desfraldando as bandeiras das ‘DIRETAS JÁ NA
OAB’ e o fim da ‘CHAPA CAIXÃO’ tremularam em todo país. Com destemor, estivemos
na memorável reunião independente e corajosa de advogados baianos, alagoanos,
sergipanos, paraenses, cariocas, brasilienses e nós paraibanos.
A
inveja aconchegou-se aos poucos do nosso escritório, com o bafo doentio de
mentir e enganar fácil, como se fosse possível violentar nossas virtudes que
você alcançou honesta e determinadamente. Recebemos em nosso escritório, aquele
que nos trairia parodiando um Judas malamanhado dos tempos modernos...
Você
foi correto, ético e corajoso, entretanto, a enganação lhe iludiu e, mesmo com
minha apurada observação, permiti que você se adiantasse, apesar dos riscos
funestos, estabelecidos e previsíveis.
Os
tempos mudaram meu querido Marcos Filho. Você pensou haver sinceridade da parte
de quem nunca prestou! A mudança foi pior do que a imaginação, quando você foi
vítima de uma armação inescrupulosa, de mendigagem na participação de cargos
eletivos da OAB.
Na
onésima hora, encenação medíocre de traição fria e dissimulada assemelhara-se à
tradição da máfia. Contudo, você teve dignidade, retidão e educação doméstica,
amado filho. Seu sonho de participar de campanha dos advogados, em torno da
seccional paraibana, apenas foi adiado. Fiquei envaidecido de você, por nunca
compactuar nem ter medo, de seus adversários aproveitadores da escória da vida.
(*) Advogado e desembargador aposentado
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